Balanço parcial das ações humanitárias mostra mobilização de navios e profissionais de saúde, com a distribuição de 128 mil medicamentos na ...
Balanço parcial das ações humanitárias mostra mobilização de navios e profissionais de saúde, com a distribuição de 128 mil medicamentos na região amazônica

A Operação “Ágata Amazônia 2025”, realizada em uma área de 510 mil quilômetros quadrados, aproximadamente o território da Espanha, vai além das ações militares de patrulhamento e combate aos crimes ambientais e transfronteiriços. A operação ainda está em andamento, mas já apresenta resultados expressivos também no apoio humanitário.
Por meio dos navios da Marinha do Brasil (MB), em conjunto com o Exército Brasileiro (EB) e a Força Aérea Brasileira (FAB), as Ações de Assistência Hospitalar (ASSHOP) e as Ações Cívico-Sociais (ACiSo) já registraram mais de 46 mil atendimentos médicos e odontológicos. Foram distribuídos, ainda, cerca de 128 mil medicamentos e mais de sete mil kits de higiene bucal à população.
O atendimento, voltado às comunidades indígenas e ribeirinhas do Amazonas, já alcançou 69 localidades isoladas, que dependem da ajuda que chega pelos rios. Entre elas estão a Vila de Acanauí, São José do Manguari, Altamira e São Pedro de Jacitara.
Moradora da região, a ribeirinha Jamile Souza Lino, de 13 anos, veio de Nova Jerusalém de Caruara para receber atendimento a bordo do Navio de Assistência Hospitalar “Soares de Meirelles”. “Precisava de um dentista e não temos recurso lá na vila. Então, minha família veio aproveitar a oportunidade de se consultar. Isso aqui é muito importante para a nossa comunidade. Agradeço à Marinha do Brasil por nos acolher”, afirmou.
O Comandante do navio, Capitão de Corveta Diego Costa, ressalta a relevância da função social da operação: “Além da proteção da nossa Amazônia, também levamos saúde básica a locais extremamente isolados, por meio de uma equipe composta por médicos, farmacêuticos, dentistas e enfermeiros. Além dos exames laboratoriais, realizamos exames de raio-X e mamografia. Há casos em que, por essa oportunidade, os ribeirinhos realizam exames pela primeira vez na vida. Por isso, a nossa presença aqui é essencial”, destacou.
Além do Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Soares de Meirelles”, outros dois navios de assistência hospitalar integram a missão humanitária da Operação “Ágata Amazônia 2025”: o NAsH “Carlos Chagas” e o NAsH “Doutor Montenegro”. As ações sociais incluem, ainda, doações de roupas, atividades recreativas para crianças e o hasteamento do Pavilhão Nacional nas próprias comunidades.
Ao final do cerimonial, com a execução do Hino Nacional, a bandeira içada é entregue à comunidade. Esse gesto tem como objetivo estimular e preservar o patriotismo, além de conscientizar as novas gerações sobre o papel das Forças Armadas na defesa e proteção das riquezas do País.
A Operação Ágata Amazônia 2025
Coordenada pelo Ministério da Defesa, a Operação “Ágata Amazônia 2025” foi desencadeada pelo Comando Conjunto “Apoena”, com o objetivo de fortalecer a presença do Estado na Amazônia. Autorizada por meio de Portaria Ministerial, a ação reforça a interoperabilidade entre as Forças Armadas e a atuação em parceria interagências.
Entre os agentes parceiros estão o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Polícia Federal (PF). Juntas, as Forças-Tarefas já realizaram, até o momento, a apreensão de 19 embarcações irregulares, 231 gramas de ouro e mais de R$ 30 mil, além da inutilização de 20 dragas e balsas de garimpo ilegal.
Confira os resultados da missão operacional até o momento:
• 9 prisões;
• 20 balsas e dragas de garimpo ilegal;
• 2.342 inspeções navais;
• 14 armas e 221 munições apreendidas;
• 245 litros de combustível;
• 2,6kg de mercúrio;
• 231 g de ouro;
• 4 kg de cocaína;
• 52,8 kg de skank ;
• 5 motores;
• 1 aeronave;
• 14 meios eletrônicos;
• R$ 30 mil reais;
• 9 sanções aplicadas;
• 3.711 revistas de pessoal; e
• 80.500 quilômetros navegados.
Para a atuação conjunta, tanto operacional quanto no apoio humanitário, a missão emprega mais de 2.400 militares, dos quais 723 são da Marinha do Brasil. As Forças-Tarefas também contam com 64 agentes governamentais e de segurança, 88 embarcações, 18 viaturas, 11 aeronaves e 2 meios satelitais. O nome da operação, “Apoena”, de origem Tupi-Guarani, simboliza a visão estratégica e sustentável da missão.
Nenhum comentário
Obrigado por contribuir com seu comentário! Ficamos felizes por ser nosso leitor! Seja muito bem vindo! Acompanhe sempre as nossas notícias! A equipe Tribuna do Brasil agradece!