Resultados recentes das contas públicas mostra que o governo está gastando mais do que arrecada

Déficit público foi de R$ 22,8 bi em agosto, mostra Banco Central BRASÍLIA – O Banco Central divulgou hoje, dia 29, que as contas do setor p...

Déficit público foi de R$ 22,8 bi em agosto, mostra Banco Central

BRASÍLIA – O Banco Central divulgou hoje, dia 29, que as contas do setor público consolidado apresentaram um déficit de R$ 22,8 bilhões em agosto. Este valor engloba os balanços do governo federal, estados, municípios e empresas estatais e figura como o terceiro pior agosto desde que os registros começaram em 2001.

As contas do setor público consolidado registraram um déficit de R$ 22,8 bilhões em agosto. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Banco Central (BC).

**DÉFICIT PÚBLICO:** Contas do setor público registram o terceiro pior agosto desde 2001

Enquanto o governo central mostrou um saldo negativo de R$ 26,1 bilhões, estados e municípios, por outro lado, tiveram um desempenho mais animador, conseguindo um superávit primário de R$ 2,48 bilhões. Adicionalmente, as empresas estatais também apresentaram um saldo positivo, fechando o mês com um superávit de R$ 866 milhões.

A situação fiscal do país tem sido motivo de preocupação e debate. No acumulado deste ano, o governo Lula registrou o pior resultado para um primeiro ano de mandato, acumulando um déficit de R$ 104,6 bilhões. Em contraste, nos dois mandatos anteriores do presidente Lula, as contas públicas apresentaram superávit nos oito primeiros meses: R$ 107,8 bilhões em 2003 e R$ 129,2 bilhões em 2007, com os dados já ajustados pela inflação.

Em relação à dívida do país, o Banco Central também relatou um crescimento da Dívida Bruta do Governo Federal de 0,4% em agosto, totalizando 74,4% - a maior marca desde outubro de 2022. A Dívida Líquida, que leva em consideração os débitos e créditos do governo, também apresentou aumento, saindo de 59,5% para 59,9%.

Vários fatores contribuíram para esses números. A elevação da dívida refletiu principalmente os impactos dos juros nominais. Além disso, a desvalorização do real em agosto, de 3,8%, e a variação do PIB nominal afetaram negativamente os resultados.

Analistas e economistas estão atentos às movimentações do governo e do Banco Central diante desse cenário. A gestão fiscal responsável é fundamental para garantir a estabilidade econômica e a confiança dos investidores no país.

Fonte Pesquisada: Banco Central