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"Batalha de Pedro Contra o Neuroblastoma: Famílias Unidas na Luta Contra o Terceiro Câncer Mais Comum em Crianças"

"Pedro em Luta Contra o Neuroblastoma: Conheça o Câncer que Desafia Famílias" Antropóloga Beatriz Matos mobiliza esforços para tra...

"Pedro em Luta Contra o Neuroblastoma: Conheça o Câncer que Desafia Famílias"


Antropóloga Beatriz Matos mobiliza esforços para tratamento de Pedro, diagnosticado com o terceiro câncer mais comum em crianças. Conheça a batalha contra o neuroblastoma e os desafios enfrentados pelas famílias.


Pedro e o neuroblastoma | Foto: minutosaudavel

A antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos, lançou uma comovente campanha para arrecadar recursos destinados ao tratamento de seu filho Pedro, de cinco anos, diagnosticado com neuroblastoma em estágio 4. O câncer, o terceiro mais recorrente entre crianças, é um desafio enfrentado por muitas famílias. Pedro, filho de Beatriz com o indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022, necessitará de um transplante de medula óssea e do medicamento betadinutuximabe, ainda não oferecido pelo SUS.

A antropóloga Beatriz Matos, diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), está à frente de uma emocionante campanha para angariar recursos destinados ao tratamento de seu filho Pedro, de cinco anos, diagnosticado com neuroblastoma em estágio 4. O pequeno Pedro, filho de Beatriz com o indigenista Bruno Pereira, que foi tragicamente assassinado em 2022, enfrenta uma batalha contra o terceiro câncer mais comum em crianças.

O neuroblastoma, tumor sólido extracraniano, representa entre 8% a 10% de todos os tumores infantis e é superado apenas pela leucemia e pelos tumores cerebrais em termos de recorrência em crianças. O aumento do volume abdominal é um dos sinais possíveis dessa doença, que pode ser descoberta a partir da queixa de uma criança com dor na barriga ou incômodo no tórax. Geralmente, esse problema é identificado até os cinco anos de idade, incluindo recém-nascidos.

Segundo a oncologista pediátrica Arissa Ikeda, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é fundamental procurar atendimento sempre que os responsáveis identificarem sinais como a presença de massa no abdômen. A médica destaca que, nos casos com metástase, pode haver também dor óssea, sendo considerado de alto risco o neuroblastoma que se manifesta em estágio tardio da doença e está espalhado pelo corpo, podendo apresentar febre, palidez, emagrecimento, dor e irritabilidade.

O neurocirurgião pediátrico Márcio Marcelino, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, destaca a raridade desse câncer ocorrer em idades mais avançadas, ressaltando que a criança pode nascer com esse tumor. O médico já vivenciou casos em que crianças nasceram com tumores que invadiam a coluna, causando sequelas neurológicas. Além disso, o neuroblastoma pode se propagar para a região posterior do tronco da criança, envolvendo a coluna.

Entre os sinais de alerta, Marcelino recorda a atenção necessária para perda de peso inexplicada, enfraquecimento e fadiga. A médica Arissa Ikeda enfatiza que, embora os primeiros sintomas possam ser leves, a evolução é rápida, tornando improvável que uma criança demore muito a necessitar de atendimento especializado desde o momento que aparecem os primeiros sinais.

A história familiar dos pacientes representa apenas 1% a 2% dos casos do neuroblastoma, de acordo com Ikeda, que destaca a associação do câncer a algumas síndromes genéticas. O tratamento varia conforme o risco apresentado para cada paciente, exigindo cirurgia e, em alguns casos, quimioterapia para pacientes de baixo risco ou intermedi

ário. Já para pacientes de alto risco, busca-se um tratamento mais intensivo, podendo incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

A utilização de transplante de medula óssea, com células do próprio paciente, é uma das opções oferecidas no sistema público de saúde. No entanto, procedimentos de imunoterapia, de alto custo, não são cobertos, podendo ultrapassar R$ 1 milhão.

A médica destaca a evolução importante no tratamento do neuroblastoma com a utilização de anticorpos monoclonais. Para os pacientes considerados de alto risco, nos últimos anos, houve um esforço significativo para melhorar os tratamentos, surgindo novas opções além do tratamento convencional.

Em casos pediátricos, os profissionais enfatizam a especificidade do tratamento, destacando a importância de um relacionamento próximo com a criança, dada a convivência por um tempo prolongado.

O medicamento que a família de Pedro busca, betadinutuximabe (Qarziba), já possui registro na Anvisa. Entretanto, para ser utilizado no SUS, precisa passar pela avaliação e aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A análise envolve a comparação da efetividade da tecnologia com tratamentos já incorporados no SUS, avaliação dos benefícios e riscos, custo de incorporação e impactos orçamentários e logísticos. A Conitec ressalta que qualquer pessoa ou instituição pode solicitar a análise para incorporação de medicamentos no SUS. O prazo para análise é de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. A decisão final é publicada no Diário Oficial da União (DOU).

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