Lei estadual estabelece diretrizes para uso responsável de inteligência artificial no setor público e privado, com transparência e proteção ...
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Lei estadual estabelece diretrizes para uso responsável de inteligência artificial no setor público e privado, com transparência e proteção de dados - Estado de Goiás / Divulgação |
Projeto inclui ensino de inteligência artificial nas escolas e áreas experimentais para startups testarem inovações com segurança jurídica
O Estado de Goiás deu um passo importante ao sancionar a Lei Complementar nº 205/2025, que institui a Política Estadual de Fomento à Inovação em Inteligência Artificial (IA). A legislação, uma das mais avançadas do país, busca posicionar Goiás como um hub tecnológico nacional, aliando desenvolvimento econômico a princípios éticos, sustentabilidade e proteção de direitos fundamentais.
A nova lei tem como pilares:
- Impulsionar a inovação em IA, com foco em soluções abertas (open source) e sustentáveis.
- Proteger direitos humanos, como privacidade, transparência e não discriminação.
- Fortalecer o setor público, com IA para melhorar serviços, reduzir burocracia e aumentar eficiência.
- Consolidar Goiás como polo de tecnologia, atraindo investimentos e talentos.
Destaques da legislação
1. Ética e transparência:
- Sistemas de IA no serviço público devem ser auditáveis e preferencialmente de código aberto.
- Cidadãos terão direito a explicações claras sobre decisões automatizadas que os afetem.
2. Incentivo à inovação aberta:
- Prioridade a softwares open source em projetos estaduais, garantindo soberania tecnológica.
- Criação de sandboxes regulatórios (ambientes de teste controlados) para experimentação responsável.
3. Educação e capacitação:
- IA nas escolas, integrando o tema ao currículo de forma interdisciplinar.
- Programas de formação profissional para preparar a força de trabalho para a economia digital.
4. Sustentabilidade:
- Data centers e infraestrutura de IA devem priorizar energias renováveis, como biometano.
- Uso de IA para monitoramento ambiental e combate a mudanças climáticas.
5. Saúde e setor público:
- IA aplicada a diagnósticos, gestão hospitalar e vigilância epidemiológica, sempre com supervisão humana.
Diferenciais para o Brasil
A lei goiana serve como modelo para outros estados, ao abordar lacunas ainda não reguladas nacionalmente, como:
- Governança multissetorial: Com a criação do Núcleo de Ética e Inovação em IA (NEI-IA), formado por governo, academia, empresas e sociedade civil.
- Proteção contra vieses: Vedação a sistemas discriminatórios e garantia de contestação de decisões automatizadas.
- Atração de infraestrutura: Incentivos fiscais para data centers e parcerias com instituições globais.
A implementação será acompanhada por relatórios anuais, e em 2029 uma consulta pública avaliará os resultados. O governo também planeja uma "Diplomacia Tecnológica" para firmar acordos internacionais.
"Não se trata apenas de tecnologia, mas de usar a IA para reduzir desigualdades e melhorar a vida das pessoas", destaca trecho da justificativa da lei.
Leia a íntegra: [baixar em PDF].
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