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"Cigarros Eletrônicos: Disfarce Inofensivo, Riscos Mortais!"

Anvisa em Consulta Pública Sobre a Proibição dos Eletrônicos Enquanto Danos à Saúde são Debates Não se deixe enganar pela aparência inofensi...

Anvisa em Consulta Pública Sobre a Proibição dos Eletrônicos Enquanto Danos à Saúde são Debates


Não se deixe enganar pela aparência inofensiva dos cigarros eletrônicos! Por trás dos formatos camuflados de chaveiros e pen drives, esses dispositivos representam uma ameaça tão grave quanto os cigarros convencionais. Enquanto a Anvisa debate a proibição desses produtos em consulta pública, especialistas alertam para os sérios riscos à saúde, incluindo câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares. Enquanto isso, o tratamento antitabagismo está disponível em 77 unidades de saúde do Distrito Federal, oferecendo uma saída para aqueles que desejam se libertar desse vício mortal.


Como os cigarros eletrônicos são pequenos, podem ser disfarçados de chaveiros ou pen drives | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Como os cigarros eletrônicos são pequenos, podem ser disfarçados de chaveiros ou pen drives | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

O aroma, o sabor e o formato dos cigarros eletrônicos podem até ser diferentes dos convencionais, mas os riscos à saúde são os mesmos. Ainda que esteja disfarçado de algo recreativo, o cigarro eletrônico também é derivado do tabaco e, por isso, causa a inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, pode conter nicotina, uma droga que causa vício e morte, dependendo do fabricante.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) faz, desde dezembro, uma consulta pública sobre os cigarros eletrônicos no Brasil. A pesquisa termina nesta sexta-feira (9) e deve ser feita pelo formulário eletrônico específico, disponível no portal da agência. Basta preencher os campos de identificação da pessoa interessada e enviar as contribuições.

A consulta é sobre a manutenção da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar no país e uma proposta de norma que prevê ainda a proibição da fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte, publicidade e divulgação destes produtos ao público, sendo ele consumidor ou não.
Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Há, ainda, a possibilidade de contrair a doença pulmonar chamada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os principais sintomas são tosse, dor torácica e dispneia, além de dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.

Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial | Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

“É uma doença aguda em que o pulmão fica muito enrijecido e não há remédio para isso. É uma situação muito grave em que precisamos usar uma série de remédios para melhorar a saúde da pessoa”, explica a pneumologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), lotada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Gilda Elizabeth Fonseca. Os danos causados pelo consumo do cigarro eletrônico incluem ainda envelhecimento precoce, falta de ar e cansaço excessivo.

‌A fumaça inalada passivamente também é perigosa: “São os mesmos riscos do cigarro convencional. Se a pessoa está próxima, em ambiente fechado, por um bom tempo, está se expondo aos mesmos riscos”, esclarece a médica. “Tem muita nicotina e muitos metais pesados que causam mal ao serem queimados e inalados. A fumaça chega muito rápido ao pulmão e ao cérebro, é muito volátil. Isso faz com que seja mais fácil viciar e causar dependência química”, aponta.

A consulta pública da Anvisa sobre venda do cigarro eletrônico no Brasil fica no ar até esta sexta-feira | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
A consulta pública da Anvisa sobre venda do cigarro eletrônico no Brasil fica no ar até esta sexta-feira | Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

‌Os eletrônicos foram popularizados com a prerrogativa errônea de que são uma alternativa para a interrupção do uso dos convencionais. A informação não é reconhecida pelo Ministério da Saúde e, inclusive, a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos é proibida pela Anvisa. “Nenhum cigarro está isento de riscos”, frisa Fonseca. “Para quem já tem algum problema cardiorrespiratório, os malefícios são ainda mais graves. E também já temos casos de jovens com doenças que antes eram mais comuns em pessoas mais velhas, como câncer no pulmão sem histórico na família”, acrescenta.

‌A especialista da SES-DF alerta a importância da conscientização sobre os riscos do consumo do cigarro eletrônico. Gilda ressalta, ainda, que, pelo fato de os cigarros eletrônicos serem mais populares entre adolescentes e jovens, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos hábitos dos filhos. “Como (os cigarros) são pequenos, podem ser facilmente escondidos em estojos, bolsos… É preciso cuidado para que nossa juventude não se vicie”, destaca. Diferentemente do convencional, o modelo eletrônico não utiliza fogo, uma vez que funciona a bateria, e é apresentado em diferentes formatos, como pen-drive e caneta. Além disso, a formulação inclui aditivos para saborizar a fumaça e mascarar os efeitos danosos do consumo.

‌Com saúde, sem cigarro

A melhor opção, tanto para o consumo dos cigarros eletrônicos quanto dos convencionais, é sempre parar de fumar. A Secretaria de Saúde coordena o Programa de Controle do Tabagismo no DF, conforme orientação da Coordenação Nacional do Programa de Controle do Tabagismo/ Instituto Nacional do Câncer (INCA/MS). A pasta oferece tratamento e atendimento aos pacientes em 77 unidades de saúde do DF, além da prevenção para que o hábito não atinja mais pessoas.

Interessados em interromper o vício devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa ou do trabalho. O tratamento consiste em encontros individuais ou em grupo com médico e equipe da Estratégia Saúde da Família. Inicialmente, são quatro encontros semanais e, ao longo do avanço do paciente, as reuniões passam a ser quinzenais e mensais, com duração total de um ano. O objetivo é avaliar o grau de dependência em relação ao cigarro e traçar um plano terapêutico individual, de modo cognitivo-comportamental e medicamentoso, se necessário.

Acesse aqui a relação dos Centros de Atendimentos de Tabagismo.

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