Solenidade em Brasília reuniu autoridades nacionais e internacionais para homenagear a mais antiga potência maçônica do país, destacando su...
Solenidade em Brasília reuniu autoridades nacionais e internacionais para homenagear a mais antiga potência maçônica do país, destacando sua influência no cenário político, cultural e filosófico brasileiro.

Brasília, 30 de junho de 2025 — O Grande Oriente do Brasil (GOB), potência maçônica pioneira no território nacional, celebra neste mês de junho seus 203 anos de fundação, reafirmando seu papel histórico e contemporâneo na construção de uma sociedade mais justa, livre e fraterna. A abertura das comemorações aconteceu no dia 27 de junho, às 20 horas, no auditório do Centro Cultural do GOB, em Brasília, com a presença de autoridades maçônicas, civis e delegações internacionais, em um evento que exalta a perenidade dos ideais iluministas em solo brasileiro.
Fundado em 17 de junho de 1822, o GOB nasceu sob a égide dos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, pilares da Maçonaria Universal. Desde então, sua trajetória tem se entrelaçado com os momentos mais decisivos da história do Brasil: da Independência à Proclamação da República, da luta por direitos civis ao combate à tirania, o GOB tem sido não apenas um observador, mas protagonista silencioso e operoso na edificação da pátria brasileira.
Um legado imortal de patriotismo, civismo e edificação moral
Erguido sobre as colunas seculares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, o Grande Oriente do Brasil não é apenas uma instituição: é uma ideia viva que pulsa no âmago da história nacional. Fundado em 17 de junho de 1822 — às vésperas do grito da Independência — o GOB foi concebido não como espectador, mas como artífice da Nação Brasileira, participando ativamente da gestação política, social e moral do país.
Com sede em Brasília, no coração institucional do Brasil, e presente em todos os estados e no Distrito Federal, por meio de uma rede de mais de 3.000 Lojas Maçônicas ativas, o GOB congrega atualmente mais de 120 mil obreiros da liberdade, homens livres e de bons costumes que, ao longo de gerações, vêm se dedicando ao aperfeiçoamento da humanidade pela via do trabalho silencioso, da educação ética e da ação fraterna.
Seu papel transcende o simbolismo. O GOB formou líderes, despertou consciências e sustentou pilares morais que atravessaram regimes, moldaram Constituições e preservaram valores em meio aos vendavais da história. Sua presença foi determinante nos bastidores da Independência do Brasil, nas articulações que levaram à Proclamação da República, nas reformas educacionais e no estímulo ao civismo em todas as fases da construção nacional.
Entre seus filhos ilustres estão José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência; Dom Pedro I, Imperador e Maçom iniciado em 1822; Rui Barbosa, jurista, diplomata e arauto das liberdades públicas; Benjamin Constant, mentor do republicanismo e da modernização institucional. A Maçonaria do GOB não apenas os acolheu — moldou-lhes o caráter, temperou-lhes os ideais e respaldou suas ações com valores universais.
Mais que uma associação, o Grande Oriente do Brasil é uma tradição operante. Cada Loja é um espaço de estudo, de elevação espiritual, de construção de virtudes. Cada obreiro é um elo consciente de uma cadeia que atravessa os séculos. Cada ritual não é apenas simbólico, mas um ato de reencontro com o sagrado da razão, da ética e da justiça.
Nos dias atuais, o GOB continua a fomentar a espiritualidade progressista, o pensamento livre e crítico, e a formação de homens conscientes do seu papel no mundo. Em tempos de relativismo moral, intolerância e desagregação de vínculos comunitários, o GOB ressurge como baluarte de civilidade, fraternidade e lucidez, oferecendo à sociedade um modelo de harmonia, diálogo e ação concreta.
Não há história do Brasil sem a história da Maçonaria. E não há história da Maçonaria brasileira sem o Grande Oriente do Brasil. Um templo invisível, porém indestrutível. Uma nação dentro da Nação, dedicada ao aperfeiçoamento de todas as outras.
Celebração que honra o passado e projeta um futuro de luz
A abertura oficial das comemorações pelos 203 anos de fundação do Grande Oriente do Brasil foi marcada por uma atmosfera de reverência histórica e entusiasmo fraterno, presidida com elevada maestria pelo Irmão Ademir Candido da Silva - Soberano Grão-Mestre Geral em Exercício; o Irmão Adalberto Aluízio Eyng - Grão-Mestre Geral Adjunto; o Irmão Sidney Isidro Marcandali da Silva - Presidente da Soberana Assembleia Federal Legislativa; o Irmão Alexandre Magno de Almeida Guerra Marques - Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça Maçonico; o Sapientíssimo Irmão José Moretzsohn de Castro - Ministro Presidente do Excelso Supremo Tribunal Federal Maçônico; o Irmão Rodrigo Rizzo Vasques - Ministro Presidente do Superior Tribunal Eleitoral Maçonico; e do Irmão Walderico Fontes Leal - Grão-Mestre Distrital do GOB-DF. A solenidade ocorreu no auditório do Centro Cultural do GOB, em Brasília, e reuniu um público seleto formado por Irmãos vindos de todo o território nacional e por delegações internacionais, compondo um cenário que simbolizou a universalidade da Maçonaria.
Em seus pronunciamentos, as lideranças exaltaram a importância deste marco histórico como mais do que uma simples efeméride: trata-se da consagração da permanência de uma Instituição que resiste ao tempo e renova continuamente sua missão. Em um mundo sedento por referências éticas e por vínculos de confiança, o GOB reafirma sua relevância como farol de sabedoria, integridade e compromisso com o bem comum.
O ponto alto da noite foi o sentimento coletivo de admiração, respeito e gratidão manifestado por diversos representantes estaduais e internacionais que tomaram a palavra ao longo do evento. Em uma sucessão espontânea de falas emocionadas, foram expressos elogios públicos à condução firme, diplomática e visionária do Soberano Grão-Mestre Geral Ademir Candido da Silva, cujo trabalho vem sendo reconhecido tanto pela base das Lojas brasileiras quanto pelas potências estrangeiras que compõem o cenário maçônico mundial, bem como o Sapientíssimo Irmão Adalberto Aluízio Eyng, Grão-Mestre Geral Adjunto, que também foi saudado com deferência por sua atuação serena, técnica e colaborativa junto à administração nacional do GOB, representando a estabilidade da alta cúpula maçônica e o equilíbrio que sustenta a governança da Potência.
A presença de comitivas maçônicas oriundas de vários países reforçou o espírito de fraternidade universal, um dos pilares fundacionais da Ordem. Irmãos de nações irmãs cruzaram oceanos e fronteiras para compartilhar este momento solene, enaltecendo o papel do GOB como referência moral e administrativa para todo o mundo maçônico latino-americano e lusófono.
A cerimônia foi entremeada por apresentações que exaltaram a brasilidade e o simbolismo maçônico, intercaladas com discursos que rememoraram os feitos históricos da instituição e lançaram os olhos ao futuro, sempre sob a ótica do aperfeiçoamento humano. O sentimento dominante foi o de que o GOB não apenas celebra seus 203 anos: reafirma sua vitalidade, sua liderança e sua responsabilidade perante as gerações futuras.
Preservar a tradição, ampliar o legado: 203 anos de luz que não se apagam
Celebrar os 203 anos do Grande Oriente do Brasil é mais do que render homenagens a uma longevidade institucional. É reconhecer a permanência de um ideal que transcende calendários, governos, modismos e estruturas passageiras, mantendo-se firme como coluna viva na arquitetura moral da Nação. O GOB é uma instituição que atravessa os séculos sem envelhecer, pois sua essência está fundada na renovação constante do espírito humano — pela razão, pela virtude e pelo serviço ao próximo.
Em uma época marcada por polarizações políticas, crises de valores e rupturas civilizatórias, o GOB permanece como espaço de diálogo fraterno, reflexão ética e ação transformadora. Sua missão não se restringe ao interior dos templos: ela se manifesta nas ruas, nas comunidades, nas escolas, nos lares e nas consciências. Onde houver uma necessidade social, lá estará uma Loja maçônica; onde houver um vazio ético, ali estará um obreiro da luz.
Ao longo de sua trajetória, o Grande Oriente do Brasil consolidou uma estrutura organizacional sólida e respeitada, composta por homens que se comprometem não apenas com símbolos e ritos, mas com resultados concretos e impacto real na sociedade. São milhares de iniciativas filantrópicas, educacionais e culturais espalhadas por todos os estados da Federação — de creches comunitárias a campanhas de cidadania, de apoio a jovens em situação de vulnerabilidade à preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro.
Nesse panorama de responsabilidade social, destaca-se com vigor a Ação Paramaçônica Juvenil (APJ), verdadeira sementeira de valores e lideranças, que há mais de quatro décadas prepara as novas gerações para a vivência dos princípios maçônicos, mesmo antes da iniciação formal. A APJ constitui uma das mais notáveis contribuições do GOB à formação moral e cívica da juventude brasileira, gerando frutos que hoje florescem em diversos campos da Maçonaria e da sociedade, como se vê no livro "Projeto Maçonico do Século", do autor Adison do Amaral, o grande e verdadeiro fundador e mentor da APJ.
Mas o GOB também sabe que tradição, sem ação, vira relíquia. Por isso, continua a ampliar seu legado, formando lideranças conscientes, fomentando o pensamento crítico e adaptando-se aos novos tempos sem jamais romper com sua essência. O segredo dessa longevidade não está apenas em manter-se, mas em renascer todos os dias na mente e no coração de cada iniciado — e também de cada jovem que, nos trabalhos da APJ, aprende a construir a si mesmo para depois construir o mundo.
E assim, enquanto o tempo gira sua engrenagem implacável, o Grande Oriente do Brasil permanece incólume — como templo invisível erguido sobre os alicerces da razão, da ética e do amor ao próximo. Que venha o 204º aniversário! Que venham mais séculos! Pois o passado já confirmou a grandeza de sua missão... e o futuro, com humildade e coragem, já começa a ser traçado sob a régua, o compasso — e a esperança de uma juventude que também já marcha em colunas.
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O Tribuna do Brasil registra com honra os 203 anos do Grande Oriente do Brasil, a mais antiga potência maçônica do país, celebrando sua contribuição inestimável à formação cívica, moral e intelectual da nação brasileira. Nosso compromisso é seguir valorizando instituições que, como o GOB, edificam o presente com os alicerces do passado e a visão de um futuro mais justo e fraterno.
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