Brasília rumo ao topo: DF avança na mobilidade ativa e se aproxima da maior malha cicloviária do país

Com 727 km de ciclovias e mais 300 km planejados, capital federal transforma qualidade de vida com infraestrutura moderna, transporte integr...

Com 727 km de ciclovias e mais 300 km planejados, capital federal transforma qualidade de vida com infraestrutura moderna, transporte integrado e incentivo à saúde e à sustentabilidade

📝 Por Tribuna do Brasil | Especial Mobilidade & Qualidade de Vida

Pedalar deixou de ser apenas uma alternativa de lazer e se consolidou como um modo de viver mais saudável, inteligente e sustentável no Distrito Federal. A capital do país está, literalmente, pavimentando o caminho para um futuro mais ativo: alcançou 727 km de malha cicloviária, a segunda maior do Brasil — atrás apenas de São Paulo. Mas o plano é ousado: superar a marca dos mil quilômetros nos próximos anos, com a força do programa Vai de Bike, que promete mais 300 km de ciclovias modernas e interligadas.

🚲 Pedalar é saúde, mobilidade e liberdade

Jaime Alves Pereira, servidor público de 58 anos e morador do Riacho Fundo II, é exemplo vivo do impacto positivo dessas mudanças. Toda semana, ele percorre cerca de 150 km pedalando entre o Park Way, Candangolândia e Núcleo Bandeirante.

O servidor público Jaime Alves Pereira, 58 anos, usa a bicicleta para fazer tarefas corriqueiras, como ir ao mercado ou trabalho, mas, principalmente, para diversão | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“O melhor transporte que existe é esse. Dá liberdade, alivia a mente, cuida da saúde e ainda ajuda o meio ambiente. É menos gente nos hospitais e mais qualidade de vida. O governo está no caminho certo. Quanto mais ciclovia, melhor”, diz Jaime, com orgulho.

Desde 2019, o GDF tem investido fortemente em infraestrutura cicloviária, conectando regiões administrativas, revitalizando trechos e apostando em soluções modernas para quem usa a bicicleta no dia a dia.

📈 Números que impulsionam o DF

Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), Brasília já possui 55% mais ciclovias do que em 2018, quando contava com 466,6 km. Agora, com 32 regiões administrativas atendidas, o cenário da mobilidade ativa está mais robusto do que nunca.

O destaque é o programa Vai de Bike, lançado para ampliar e integrar a rede cicloviária com:

• 🚧 Construção de 300 km de novas rotas;

• 🔧 Reforma e conexão de trechos existentes;

• 🚲 Instalação de mais de 3 mil paraciclos;

• 💰 Investimento de R$ 2,7 milhões.

Zeno Gonçalves, secretário de Mobilidade, ressalta:

“Brasília é referência em qualidade de vida. Nosso foco é integrar transporte coletivo com mobilidade ativa. Queremos ciclovias seguras, bem sinalizadas e iluminadas, acessíveis a todos.”

“Mobilidade ativa é vida. Falar em ciclismo, em bicicleta, em bike, é falar de saúde, em sustentabilidade", afirma o secretário de Mobilidade e Transporte, Zeno Gonçalves

 

🛣️ Obras em andamento: onde as novas ciclovias estão surgindo?

O plano do GDF vai além das promessas. Grandes obras estão em curso, com destaque para:

• EPNB (Estrada Parque Núcleo Bandeirante): 9 km de ciclovia entre o Pistão Sul e a Candangolândia, passando por Arniqueira e Riacho Fundo;

• EPDB (Estrada Parque Dom Bosco): 4 km já pavimentados entre o posto Melhor e o shopping Gilberto Salomão;

• EPIG (Estrada Parque Indústrias Gráficas): 7,5 km de ciclovia junto ao BRT, com pavimento rígido, ciclovias segregadas e integração ao transporte público;

• Guará–Núcleo Bandeirante: duplicação com inclusão de ciclovia de 3,5 km;

• Park Sul: ciclovia de 1,5 km.

Segundo o engenheiro Bruno Almeida, da Secretaria de Obras:

“Estamos integrando modais, conectando ciclovias ao BRT e ao transporte coletivo, promovendo mobilidade inteligente e sustentável.”

 

“São 7,5 km de ciclovia ao longo dos 6 km de rodovia [na Epig] que estamos ampliando para o BRT, integrando o transporte público coletivo com o transporte ativo, tanto os ciclistas e pedestres, melhorando a mobilidade urbana da região”, afirma o engenheiro da SODF Bruno Almeida

📜 Legislação e planejamento garantem avanço

Por lei, todas as novas obras de vias públicas no DF devem incluir infraestrutura cicloviária. O projeto do Corredor Eixo Oeste, por exemplo, já nasce com ciclovia planejada desde o Sol Nascente até o Eixo Monumental, promovendo inclusão e acessibilidade.

Além disso, o DER-DF está executando 40 km de novas travessias, com R$ 8 milhões em investimentos.

🚎 Integração com o transporte coletivo

Mobilidade ativa também depende de integração eficiente. O GDF tem avançado com ações complementares, como:

• 🚍 Lançamento do Vai de Graça, garantindo transporte gratuito em ônibus e metrô aos domingos e feriados;

• 🛴 Patinetes elétricos compartilhados desde janeiro de 2025;

• 🚲 Sistema de bikes compartilhadas desde 2021;

• 🚌 Renovação da frota com 2.831 novos ônibus;

• 🕒 Extensão do horário do metrô aos domingos até 21h30;

• 🐾 Retorno e expansão do Zebrinha, transporte de vizinhança, hoje presente em 13 regiões administrativas.

💡 Conectividade urbana com visão de futuro

A meta de ultrapassar os mil km de ciclovias no DF não é apenas ambiciosa — é estratégica. Significa garantir um modelo de cidade conectado, saudável, inclusivo e sustentável.

As políticas públicas do GDF têm transformado o ciclismo em protagonista da mobilidade urbana. Cada quilômetro construído representa mais saúde, mais segurança e menos trânsito.

📍 O planejamento completo da ciclomobilidade do DF está disponível no site oficial da Semob.

🚴‍♂️ DF, um exemplo que inspira

Com um dos climas mais favoráveis do Brasil e um dos traçados urbanos mais emblemáticos do mundo, Brasília está transformando suas avenidas largas em rotas democráticas. Seja para ir ao trabalho, estudar, passear ou simplesmente viver melhor, pedalar no DF é uma escolha cada vez mais possível — e incentivada.

E vem muito mais por aí. A próxima parada? Mil quilômetros de mobilidade ativa e uma capital cada vez mais humana.