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ONU Propõe Medidas para Evitar uma Nova Era de 'Carnificina Nuclear'

António Guterres apresenta plano ousado para desarmamento em debate do Conselho de Segurança. Em um debate recente do Conselho de Segurança ...

António Guterres apresenta plano ousado para desarmamento em debate do Conselho de Segurança.


Em um debate recente do Conselho de Segurança da ONU, o secretário-geral António Guterres alertou sobre os perigos iminentes das armas nucleares, propondo seis ações urgentes para evitar uma catástrofe global.


Por Anderson Miranda - Jornal Tribuna do Brasil

Teste nuclear conduzido pelos EUA no Atol Enewetak, 1º de novembro de 1952, a primeira bomba de hidrogênio bem-sucedida do mundo (Foto: Flickr)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, participou na segunda-feira (18) de um debate aberto do Conselho de Segurança sobre “Desarmamento Nuclear e Não-proliferação”, proposto sob a presidência do Japão.

Ele lembrou que a nação asiática “conhece melhor do que qualquer país do mundo o custo brutal da carnificina nuclear” e lamentou que, quase oito décadas após a “incineração de Hiroshima e Nagasaki, as armas nucleares ainda representam um perigo claro e presente para a paz e a segurança globais”.

Para o líder das Nações Unidas, os dias atuais representam um momento em que as tensões geopolíticas e a desconfiança “aumentaram o risco de guerra nuclear ao seu ponto mais alto em décadas”. Segundo ele “o relógio do Juízo Final está batendo alto o suficiente para que todos possam ouvir”.

Guterres alertou que os esforços para impedir uma tragédia nuclear estão debilitados, pois os Estados que possuem armas nucleares estão ausentes da mesa de diálogo. Além disso, ele chamou atenção para o fato de que os “investimentos em ferramentas de guerra estão ultrapassando aqueles em ferramentas de paz” e os orçamentos para o armamento estão crescendo, enquanto os para a diplomacia e o desenvolvimento estão diminuindo.

O líder das Nações Unidas ressaltou que só existe um caminho para vencer “esta sombra insensata e suicida, de uma vez por todas”, que é o desarmamento imediato. Ele pediu que os Estados detentores de armamento nuclear liderem o processo por meio de seis ações.

As duas primeiras consistem em aumentar o diálogo para prevenir o uso de armas nucleares e acabar com a troca de ameaças. Em terceiro lugar, Guterres disse que é preciso reafirmar as moratórias sobre os testes nucleares, tornando a entrada em vigor do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares uma prioridade.

O quarto passo proposto é transformar os compromissos com desarmamento em ação, e o quinto, um acordo conjunto de primeira utilização, no qual todos os países com esse tipo de arsenal devem concordar que nenhum deles será o primeiro a utilizar armas nucleares.

A última ação da lista é a redução no número de armas nucleares. Guterres defendeu que esta medida deve ser liderada pelos detentores dos maiores arsenais nucleares, os Estados Unidos e a Rússia, que devem encontrar um caminho de regresso à mesa de negociações para implementar plenamente o Novo Tratado START.

Para o chefe da ONU, a responsabilidade de agir estende-se aos Estados sem armas nucleares. Além de cumprirem as suas próprias obrigações de não proliferação, eles devem apoiar esforços para garantir que o desarmamento nuclear seja verificável e irreversível.

O secretário-geral afirmou que é dever de todos os países fortalecer a arquitetura global de desarmamento, incluindo o Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares e a Proibição de Armas Nucleares.

Outro ponto de preocupação apresentado pelo chefe da ONU tema a ver com as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e os domínios cibernéticos e espaciais, que “expuseram novas vulnerabilidades e criaram novos riscos”.

Guterres fez alusão a declarações que levantaram a perspectiva de desencadear um “inferno nuclear” e afirmou que essas são ameaças “que todos devemos denunciar com clareza e força”.

Ele afirmou que as armas nucleares são as mais destrutivas já inventadas, capazes de eliminar toda a vida na Terra e que uma guerra nuclear nunca deve ser travada porque ela “nunca pode ser vencida”.

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