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VERGONHA: ENEM de 2023 consagra o Brasil como um dos piores ensino público do mundo

O Enem é o símbolo da ditadura ideológica imposta à educação brasileira Mais do que tudo, o Exame Nacional do Ensino Médio deste ano deixa c...

O Enem é o símbolo da ditadura ideológica imposta à educação brasileira

Mais do que tudo, o Exame Nacional do Ensino Médio deste ano deixa claro por que o Brasil continua tendo um dos piores sistemas de ensino público do mundo


O Inep vai analisar a situação dos estudantes inscritos no Enem em locais de prova muito distantes de casa / Foto: Agência Brasil

O último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o mais importante teste para avaliação de conhecimento dos alunos brasileiros antes da universidade, não foi apenas mais uma vergonha. Também não foi só uma prova da desonestidade fundamental que os comissários do Ministério da Educação aplicam na formulação das perguntas — nem da aberta malversação de dinheiro público, uma vez mais, em favor de interesses ideológicos particulares. Mais do que tudo, o Enem deste ano deixa claro por que o Brasil continua tendo um dos piores sistemas de ensino público do mundo. Os donos do aparelho educacional não permitem que os estudantes aprendam a fazer conta, a escrever em português e a adquirir uma compreensão mínima de um texto escrito. Em vez disso, usam o Estado brasileiro e os seus recursos para obrigar os alunos a obedecerem a um catecismo político. Ou respondem às perguntas como os donos do Enem querem que elas sejam respondidas, ou não passam no exame.

Das 90 questões apresentadas este ano, pelo menos 40% se referiam aos temas da misoginia, diversidade, luta de classes, homofobia, pobreza e racismo — ou o orgulho de ser negro. E o restante do conhecimento humano? Foi apertado no espaço que sobrou. No balanço geral, metade das perguntas não mediam o que o aluno aprendeu em seus anos de educação básica. Faziam propaganda política e ideológica em estado bruto, sem disfarces, como no “horário gratuito” do período eleitoral. O agronegócio foi denunciado pelos autores da prova como uma atividade nociva ao Brasil e à natureza — ou aluno respondia que o setor mais avançado da economia do Brasil é ruim para o país, ou a sua resposta estava errada. O capitalismo é obviamente condenado; exige-se, nas alternativas “certas”, que o aluno aponte o sistema como um mal em si. As perguntas apresentam como fatos indiscutíveis o que são unicamente as crenças políticas dos professores. Fala-se nas “estruturas de opressão sócio e historicamente construídas”. Mais: além de uma fraude em termos de avaliação objetiva de conhecimentos, o Enem deste ano foi uma espetacular exibição de ignorância por parte dos que fizeram as perguntas.

Há questões redigidas com erros técnicos grosseiros; já não se trata, aí, de desvio de conduta, mas de pura incompetência. Há erros de português. Há perguntas impossíveis de se responder corretamente — ou todas as alternativas de resposta estão erradas ou todas estão certas, o que obriga o aluno a jogar na sorte. O compositor Caetano Veloso, por exemplo, não conseguiu responder à pergunta que foi feita sobre duas de suas próprias canções; depois de refletir com muita atenção sobre cada uma das alternativas, afirmou que todas estavam certas. Como é obrigatório cravar apenas uma opção das cinco apresentadas, a chance de errar é de 80%. É um dos pontos mais baixos a que já chegou o Enem.


A ditadura ideológica imposta à educação brasileira é, além de uma violação aos direitos dos estudantes, o método mais eficaz de se concentrar renda que existe no Brasil. Os objetivos políticos dos encarregados de ensinar se opõem à aquisição de conhecimento real; isso cria um sistema que mantém a maioria dos alunos da escola pública em situação de ignorância perpétua. Não aprendem o que é indispensável para se ter mais oportunidades, obter remuneração melhor ou reduzir a sua desigualdade. É um sistema que condena milhões de jovens brasileiros a viverem fazendo os trabalhos mais pesados, recebendo os salários mais baixos e tendo as menores chances de conseguir uma existência mais cômoda. Os educadores brasileiros não estão interessados em ensinar matemática, ciências e outras disciplinas necessárias para alguém atender às exigências do mercado de trabalho e da sociedade de hoje. Querem fazer “pedagogia na esperança” — essa mesma que mantém o Brasil como um dos países mais ignorantes sobre a face da Terra.

William Waack: o Enem e o atraso mental do Brasil


O apresentador e analista político da CNN Brasil William Waak foi mais um dos profissionais de comunicação a criticarem erros graves nas formulações das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado em todo o país neste domingo, 5. 

Os professores responsáveis pela elaboração de uma das questões cometeram duas falhas graves, segundo o âncora, durante o programa WW, na noite desta segunda-feira, 6.

Os formuladores da prova ofenderam uma parcela significativa dos acadêmicos, dos técnicos, dos professores e dos pesquisadores que contribuíram para “as notáveis histórias de sucesso do Brasil na agricultura e na indústria aeronáutica”.

Mentiras sobre o agronegócio


Jornalista comentou os erros na prova, que denegriu a imagem do agronegócio brasileiro.

A questão de número 89, que trata da atuação do agronegócio no Cerrado, aborda o setor com fatores negativos. O texto argumenta que os produtores rurais cometem “violência simbólica, superexploração, chuvas de veneno e a violência contra a pessoa”.

Um dos setores mais importantes da economia brasileira e responsável pela produção de alimentos, o agronegócio foi retratado como “um ambiente de exploração, negligência em relação à saúde humana e à do planeta”.

“Esses professores independentes, na verdade, independentes de qualquer rigor e honestidade intelectual, submeteram os jovens a uma tortura ideológica, especialmente no que diz respeito à agroindústria”, disse Waack.

O jornalista também destacou que o texto de um veículo de comunicação “obscuro”, que serviu de base para uma pergunta no Enem, ofendeu até mesmo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um órgão estatal, e os programas de biocombustíveis.

Os formuladores das questões do Enem alegam que a Embrapa e os programas de biocombustíveis prejudicam a classe camponesa.

Ideias errôneas no Enem


Os equívocos factuais na prova do Enem, os clichês e chavões ideológicos não foram os piores problemas, conforme destacou Waack. “O maior problema é ensinar os jovens a pensar de maneira equivocada”, disse.

O jornalista lembrou que a pesquisa, a tecnologia e a capacitação de pessoas, iniciadas e conduzidas por instituições estatais, como a Embrapa e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA/Embraer), permitiram ao país construir aeronaves vendidas em todo o mundo. Isso transformou o Brasil em uma superpotência no agronegócio.

Ao encerrar o comentário, Waack diz que as ideias equivocadas, “promovidas por esse tipo de abordagem ideológica, explicam muito das nossas dificuldades em crescer e prosperar”. “Isso representa um atraso intelectual em nosso país”, concluiu.

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