Eleições do Sindiatacadista-DF entram no radar do setor e movimentam bastidores do atacado

Disputa deve pautar tributação, logística, crédito e inovação; grupo de empresários articula candidatura de Carlos Alberto (Quit Alimentos)....

Disputa deve pautar tributação, logística, crédito e inovação; grupo de empresários articula candidatura de Carlos Alberto (Quit Alimentos). Gestão atual é bem avaliada, mas não há reeleição prevista no estatuto, dizem associados

As eleições do Sindiatacadista-DF (Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal) entraram oficialmente no calendário do setor e já mobilizam empresários, fornecedores e entidades parceiras. Nos bastidores, a conversa dominante é sobre a agenda que a próxima diretoria deve abraçar: simplificação tributária, redução de custos logísticos, crédito competitivo, combate à informalidade e aceleração da digitalização de processos e vendas B2B.

Associados ouvidos pela reportagem avaliam positivamente a gestão do presidente Álvaro Silveira Júnior, mas lembram que o estatuto não permite reeleição, abrindo espaço para uma renovação com foco em continuidade e novas frentes de atuação. Nesse contexto, cresce a articulação por uma candidatura de Carlos Alberto, CEO da Quit Alimentos, apontado como nome de consenso em torno de uma plataforma pragmática e de resultados.

"Não sou candidato de mim mesmo. Existe um grupo de empresários pedindo que eu dispute a eleição para presidente do Sindiatacadista-DF. Se essa construção for boa para o setor e para a categoria, estarei à disposição." — Carlos Alberto, CEO da Quit Alimentos

O apoio a Carlos Alberto vem ganhando corpo entre líderes do varejo e do atacarejo do DF: "O Carlos Alberto reúne visão estratégica e pé no chão. Ele conhece logística, compra, crédito e operação. É liderança que entrega resultado." — Sullivan, Super Adega

"Ele tem lastro no mercado, diálogo com fornecedores e respeito da base. Reúne condições para disputar e, se eleito, fazer uma gestão moderna e transparente." — Empresário do setor (não identificado)

"A gestão do presidente Álvaro Silveira Júnior é boa, mas o estatuto não permite reeleição. O setor precisa de continuidade com novas ideias. O Carlos tem a credencial para ser o nosso novo presidente." — Branco, proprietário do Dia a Dia Supermercados

O que está em jogo

1. Tributação e ambiente regulatório: defesa ativa em temas como substituição tributária, diferencial de alíquotas e simplificação de obrigações acessórias.
2. Logística e custos operacionais: articulação por infraestrutura, segurança viária e ganhos de eficiência no last mile e no abastecimento interestadual.
3. Crédito e capital de giro: negociação com bancos públicos e privados por linhas mais adequadas ao giro do atacado.
4. Combate à informalidade: parcerias de fiscalização e educação para isonomia competitiva.
5. Digitalização: incentivo a marketplaces B2B, EDI com indústria e automação fiscal.
6. Formação e qualificação: programas contínuos de capacitação de equipes de compras, vendas, trade e compliance.

Calendário e próximos passos
A formação de chapas e a homologação de candidaturas devem ocorrer nas próximas semanas, conforme o rito estatutário. Após a divulgação oficial do edital eleitoral, os associados terão prazo para registro de chapas, apresentação de propostas e debates com a base. A votação será presencial, em data e local definidos pela comissão eleitoral, com posse da nova diretoria logo após a proclamação do resultado.

Serviço ao associado
Quem vota: empresas regularmente associadas e adimplentes, representadas por seus responsáveis legais.

Como concorrer: composição de chapa conforme regras estatutárias (presidência, vice, diretoria e conselho fiscal).

Prazos oficiais: serão publicados no edital eleitoral do sindicato.

Canais de informação: secretaria do Sindiatacadista-DF e comunicados oficiais às associadas.

Enquanto o edital não é publicado, a corrida eleitoral se desenha com discurso de continuidade responsável e de avanço em agendas estratégicas. Se confirmada, a candidatura de Carlos Alberto tende a organizar o tabuleiro em torno de dois eixos: manutenção do que funcionou e aceleração de frentes críticas para a competitividade do atacado no DF.